7.12.07

Eu não vivo. Eu sinto.
Saudades, tristezas, alegrias: eu sinto!
Sinto como um cego sente,
Sinto enquanto ainda posso sentir.
Esse é meu maior presente, minha dádiva,
O que me mantém vivo, mantém-me de pé:

Sentir!

.

5 comentários:

Rodolpho Lupus disse...

Sensacional isto.
O sentir é que nos mantém ainda correndo por este mundo de idealismos exacerbados...

Apraz disse...

Maravilhoso!!!

A escolha desse texto de Pessoa, reflete muito da sua personalidade.

.nil[des]compacto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
.nil[des]compacto disse...

Fábio, creio que estás se referindo
ao outro texto postado, o que, de fato, é de meu mestre..

[é que essa página de comentários aqui é do texto "sentir", que é de minha autoria]

Mesmo assim, 'gradcido pela visita!

Abraço,
.nilton! :)

Unknown disse...

Gostei muito deste poema.
Acho que as pessoas ultimamente tem esquecido a busca do SER, vem se entorpecendo de futilidades e sonhos de outrem e tornaram dormentes para sentir. Estão com medo de apenas SENTIR.
Bonito poema.

tomo a liberdade de uma contra-resposta poética.

Colabar

Estamos todos projetando suicídio coletivo.
As nossas qualidades se tornaram desvario poético.
Na política do imóvel
E na educação do silêncio,
Cavamos nosso poço, abismo tecnocrata.
Não valemos nada (melhor assim),
Não iremos falir
junto com a bolsa de New York.
No século do paradigma energético
Não sei se sobrará tempo
Para fecharmos os olhos ou
Amputar as mãos.
O OUTRO e não o EU.
Uma nova maneira de RAZÃO.
Propostas para não sermos arrastados
Quando os países de PIBs altos
Colabarem.
P.W.