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Pelas conversas com meu mestre Pessoa
Pela inteligência de Lispector
Pela tristeza de Florbela
E pela genialidade de Whitman,
Hei de ficar bem.
Pelos frevos de Capiba
Pelas ladeiras de Olinda
Pelas ruas do Recife Antigo
E pelas imagens registradas,
Hei de Ficar bem.
Pelo banho de chuva
Pelo meu anel de côco
Pela música que em meu som toca
Pelo sonho que em meu sono vive,
Hei de ficar bem.
Pelo céu de Pernambuco
Pela noite que morreu
Pelo dia que [re]nasceu
E pela inconstância das coisas,
Hei de ficar bem.
Por quem me bateu
E por quem há de me curar
Pela pessoa que fica para trás
E por quem há de chegar,
Hei de ficar bem.
Pela pressão do ano letivo
Pela farra com os amigos
Pelos joelhos ao chão
E pelas preces por uma nova fase,
Hei de ficar bem.
Pela desesperançaesperançosa
Pela minha cabeça erguida
Pelas mágoas passadas
E pelo rumo [in]certo – surpresas,
Hei de ficar bem.
Por Deus,
Por mim,
Hei de ficar.
Bem ou mal, já não importa...
Mas,
hei de ficar!
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3 comentários:
bonito poema nilton, tanto a semântica com a estética, parabéns cara. ah... muitas belas valem a pena.
se me permite postar neste espaço... AMARELA (um pouco triste, mas verdadeiro ,como dá pra parecer o seu poema).
Amarela
Me pediu para ficar bem,
Que não me preocupasse.
Disse que eu tinha o suficiente
Para ir além de onde conseguimos.
Fui. Cheguei até aqui.
Desidratado de amor.
Sintam o mormaço, é verão.
Gozem hoje a noite,
Porém terei que fazer só.
Mas, eu vou ficar bem.
Vou ficar bem.
abraço.
Lindo demais homii!
Cara, não sabia que tinhas blog, entrei por acaso no orkut e vi.
Interessante demais.
Genial!
Aplausos.
A alma que lê vai acompanhado a cadência. De olhos firmes, intacta.
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