30.4.10

A mudez do telefone fazia a tarde parecer mais longa e a tortura da espera mais dolorosa. A cabeça doía. Foi até a cozinha, pôs dois dedos de café na primeira xícara com que se deparou e tentou tomar; sim, tentou. Tentou dar o primeiro gole por duas ou três vezes, não sei bem, mas o choro preso na garganta não o deixava engolir. Cansou de esperar e, para amenizar a ansiedade, desligou o celular e acendeu o cigarro. Melhorou... Mentira! O inferno permaneceu ali, com ele; dentro dele. [...] Não, a tarde não apenas parecia estar mais longa... Ela estava, pensava ele.

(27.01.10)

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